Na produção animal, seja na criação de bovinos, suínos ou aves, a eficiência do sistema é fundamental para manter a atividade lucrativa. Dessa forma, a nutrição animal desempenha um papel essencial, representando cerca de 70% dos custos dentro do sistema produtivo. Portanto, a busca por maior produtividade com menor custo é uma prioridade constante para os produtores.
Com o aumento dos preços e a escassez de ingredientes tradicionais, como o milho e o farelo de soja, os produtores enfrentam o desafio de encontrar alternativas viáveis que garantam uma nutrição eficiente a um custo acessível.
Quer saber quais são esses alimentos? Continue a leitura!
Nutrição animal: fontes alternativas
Atualmente, a busca por alternativas alimentares para reduzir os custos não é apenas uma opção, mas quase uma necessidade quando falamos de nutrição animal.
Nesse sentido, os produtores estão constantemente procurando por ingredientes alternativos que possam formular rações eficazes, porém mais econômicas.
Confira as principais formas de alimentos alternativos para a formulação de rações destinadas a bovinos, suínos e aves.
Alternativas na nutrição dos bovinos
A pecuária de corte no Brasil, muitas vezes afetada pela seca, requer soluções para complementar a dieta do gado. Subprodutos da agroindústria oferecem opções economicamente viáveis. Além disso, são alternativas eficazes para reduzir os custos sem comprometer a nutrição.
- Bagaço de cana hidrolisável: resíduo da indústria da cana, pode ser utilizado em confinamentos próximos às usinas de álcool.
- Melaço de cana: melhora a aceitabilidade de alimentos não palatáveis, sendo recomendado em pequenas quantidades crescentes.
- A polpa cítrica peletizada é um subproduto da indústria citrícola, produzida entre maio e janeiro durante a entressafra de grãos. É composta por cascas, sementes, bagaço e frutas descartadas, sendo a laranja sua principal matéria-prima. Possui características únicas de fermentação ruminal, sendo considerada um produto intermediário entre alimentos volumosos e concentrados. É uma boa fonte de fibra digestível (pectina) e energia.
- Os resíduos da industrialização do milho verde incluem sabugos, palhas, pontas de espigas e espigas refugadas, além de farelo de glúten de milho 60 e 22. São alternativas interessantes como alimento para bovinos, especialmente em propriedades próximas às indústrias beneficiadoras de milho.
- Os resíduos da soja são compostos pela casca e pelos fragmentos da soja, resultantes dos processos de extração de produtos dos grãos descascados. O farelo de soja possui em média 17% de proteína e 29% de fibra bruta, não sendo ideal nutricionalmente. No entanto, esses resíduos têm baixo teor de lignina (2%) e alto teor de energia (77% de NDT), podendo substituir alimentos ricos em amido. A inclusão desses resíduos na ração para bovinos de corte pode ser de até 20%.
Alternativas na nutrição dos suínos
- Fontes energéticas semelhantes ao milho: sorgo, milheto, grão de arroz e quirera de arroz podem substituir o milho na dieta dos suínos com pequenos ajustes nos outros ingredientes da ração. A silagem de grão de milho úmido também é uma opção que reduz o tempo de ocupação da lavoura.
- Fontes alternativas de energia com maior teor de proteína que o milho: farelo de arroz integral, semente de girassol e soja integral inativada são opções com maior densidade energética que o milho. Podem substituir parte ou toda a proteína fornecida pelo farelo de soja, dependendo da fase de vida do suíno.
- Formas alternativas de fornecimento de proteína: farelos de algodão, de desengordurado de arroz, de girassol e sementes de leguminosas como o guandu podem substituir parte da proteína do farelo de soja em dietas para suínos em crescimento e fêmeas gestantes.
- Fontes de proteína com baixa energia: feno de leucena e folha de mandioca são alternativas de baixa energia para substituir parcialmente o farelo de soja, principalmente em dietas para fêmeas gestantes. Devem ser incluídos em proporções específicas, pois possuem alto teor de fibra bruta.
Alternativas na nutrição das aves
Tradicionalmente, as rações para frangos no Brasil são baseadas principalmente em milho e farelo de soja, com até 70% desses produtos na formulação. Algumas alternativas econômicas viáveis incluem:
- Trigo e Triticale: ambos são cereais de inverno colhidos na entressafra do milho. O trigo tem 10% menos energia que o milho, mas mais proteína, podendo substituí-lo em até 20% na dieta das aves. O triticale, um grão produzido para rações, pode substituir parcialmente o milho em até 75%. O preço limite para compra não deve exceder 90-95% do preço do milho.
- Sorgo: semelhante ao milho, mas com disponibilidade comercial mais limitada. Pode ser uma boa alternativa, embora possa diminuir a pigmentação da pele das aves. Seu preço deve ficar em torno de 90% do preço do milho para ser vantajoso na substituição parcial.
- Farinhas não aviárias e mandioca: farinhas de outras espécies não aviárias podem ser boas alternativas proteicas e fosfóricas para reduzir custos, desde que de boa qualidade. A mandioca é um alimento energético que pode substituir parte do milho na dieta das aves.
Análises de qualidade são essenciais para garantir a segurança e eficácia dessas substituições.
E aí, gostou do conteúdo sobre nutrição animal?
A busca por alimentos alternativos é essencial para reduzir os custos de produção sem comprometer a nutrição animal e a eficiência dos sistemas produtivos.
No entanto, é essencial garantir a qualidade desses ingredientes para evitar impactos negativos na saúde e no desempenho dos animais.
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Nos vemos na próxima semana… até lá!